domingo, 4 de dezembro de 2011

Querida Diana


Chamo-me Amarilda Paula, tenho 48 anos e moro em Loures. Após um período muito complicado da minha vida decidi finalmente largar o energúmeno do homem que comigo vivia e agora que me encontro finalmente livre e com os filhos todos criados deparei-me com o seguinte problema: nos meus tempos áureos de menina e moça em que tinha muito saída lá no Bairro dos Postes Tesudos eu tinha um enxoval composto por uma saca cheia de preservativos aos quais não dei o devido uso durante todos estes anos em que tive que aturar o estafermo acima mencionado. Ora hoje decidi arejar a saca e verifiquei que os preservativos já estavam todos fora do prazo! Pensei de mim para mim, Amarilda tu tens que arranjar uma forma de saber se a validade é impeditivo de aceitar uma relação sexual ou que alguém se cale para sempre e me deixe fornicar à minha vontade e espatifar finalmente todos os tostões que gastei a encher condignamente a saca!

Mas a Diana que tudo sabe e tudo vê diga-me lá se acha que o preservativo se vai furar ou dissolver? Será que posso engravidar? Será que o preservativo de sabor a morango agora me vai saber a banana, ou pior do que isso, a beterraba?

Querida Diana

O meu nome é Vanessa Carina, sou da Povoa da Iria, e tenho vários problemas que gostava de ver solucionados:

Ando há uns 30 anos à procura do homem certo, pensei que o tinha encontrado já umas 2 ou 3 vezes e, afinal, era o errado [problema 1].

Não sei como conhecer homens novos que não estejam já comprometidos ou joguem para o outro lado [problema 2].

Devo limitar-me a ficar com a porcaria que para aí anda ou pura e simplesmente desistir e juntar-me à Joana do post abaixo? [problema 3].

Querida Diana

Chamo-me, não interessa nada como me chamo, e preciso dos teus conselhos.
Tenho um amigo, que não é meu amigo a sério é antes assim uma espécie de amigo imaginário porque me farto de o imaginar a fazer coisas e até já me disseram que tem bons predicados para fazer coisas mas eu não sei porque nunca lhos vi, que me dá muita música mas não dança comigo. A mim parece-me que ele pensa que eu tenho o carnet demasiado cheio e que só gosto de dança moderna e ele anda à procura de um pax de deux  tipo Margaut Fonteyn e Rudolf Nureyev mas eu, se até gosto de pontas, não sei se o quero ver de maillot apertadinho portanto, querida Diana, que devo fazer?

Querida Diana

Tenho um ligeiro problema, que é mais do que uma questão de perspectiva, infelizmente. O meu namorado tem uma grande barriga: tão grande que lhe caem as dobras sobre a a pilinha. É sempre um problema para saber a sua exacta localização, pois para onde quer olhemos, não a vemos. Nem com GPS lá vai. A dita, coitada é assim tipo XX Small, como aquele casaco de poliester que comprei no outro dia na promod do shopping montijo e que li na etiqueta XXL (o meu número), porque estava sem óculos. Além de ser difícil chegar-lhe (os preliminares são tipo onde está o wally?), a barriga dele impede que me penetre. Só sinto entre as pernas um espécie de meia salsicha nobre (das latas pequenas) a tatear à entrada como uma toupeira cega. Os 69 também são um problema, porque sendo eu um XXL e estando metade do meu peso nas mamimhas (copa EEEE... e mais um E), a dita embrenha-se no meu busto e não lhe chego lá nem com a língua. Punheta de mamas, nem pensar. Fica para ali, coitada, amarfanhada no meu poderoso busto - um daqueles que deixaria uma valquíria envergonhada, diga-se. Que hei-de fazer, querida Diana? Deixo-o comprar online um daqueles produtos enlarge your penis? Dizem que insuflam a coisa com hélio, para ficar sempre cheia e de pé. E se ele fica para sempre a falar fininho?

sábado, 3 de dezembro de 2011

Querida Diana


O meu nome é Joana e tenho um problema que lhe passarei a contar. Tenho 19 anos e aqui há uns dez anos numa visita a Fátima com a minha família perdi-me no meio da multidão e só me lembro de ver uma luz que me atraía de dentro duma pequena capela. Segui a luz e entrei na penumbra sem sentir nenhuma espécie de temor, muito pelo contrário. Ao chegar perto vi uma enorme vela que iluminava um rosto, não dois... de uma senhora e de um menino tão belos ambos, tão pacíficos e acolhedores no olhar e no sorriso que me deixei ali estar um bom par de horas. Não dei pelo tempo passar e quando saí dali já era noite e só mais tarde percebi que tinha causado uma aflição tremenda à minha família mas apesar de tudo nesse dia essa luz foi para mim um sinal, que devia dedicar a minha vida a Cristo e a fazer o bem como Ele nos ensinou.


Preparei-me para os sacrifícios desse caminho, que todos me disseram ser muito penoso, sempre com a convicção plena que Deus me tinha mostrado aquela luz porque me queria no seio dos seus servidores. Li muito, afastei-me da minha família e dos poucos amigos que tinha, para me dedicar apenas e só a esse objectivo superior que era a minha entrada num convento, para tomar os votos de pobreza, obediência e castidade.

Apesar do que me diziam não me custava nada abdicar de viver uma vida em aparente liberdade até porque os rapazes da terra sempre me meteram nojo por serem demasiado grosseiros e pouco dados à higiene. Até que neste verão a biblioteca da aldeia onde vivo resolveu instalar uns computadores com acesso à internet e eu comecei a frequentá-los apenas com o intuito de aprofundar e expandir a minha fé que sentia crescer dentro de mim de dia para dia. Mas, querida Diana, um dia vi uma fotografia de uma mulher semi-desnuda, e apesar de já ter visto milhares, aquela despertou-me a atenção porque nunca tinha visto uns seios assim, redondos, cheios, perfeitos. E sem saber como nem porquê nesse dia ali fiquei, toda a tarde a olhar para aquela fotografia, para aqueles enormes seios, sem sentir nenhuma espécie de nojo, muito pelo contrário. Nessa noite e em muitas seguintes mal consegui dormir, sempre que cerrava os olhos vinham-me os seios à memória e despertava, castigando-me por continuar a pensar neles e sabendo que seria o demónio a tentar-me, a afastar-me da luz que me tinha conduzido até cristo.

Assim me encontro agora, dividida entre os votos que deveria tomar até ao Natal, e o sentimento que provoca em mim essa imagem, esses seios que volta e meia me desinquietam e não me deixam comer, nem dormir, nem rezar, nem viver o caminho que eu já tinha determinado para mim há tantos anos atrás! Por favor ajude-me a esquecer essa imagem do demo, diga-me o que devo fazer para voltar a ser a pessoa que eu era antes de ter tido essa visão do inferno!